domingo, 19 de abril de 2009

Títulos

Este texto encontra-se agora em Para ser escritor, Editora Leya, 2010.

6 comentários:

  1. e quantos livros consagrados temos à nossa volta com maus títulos e más histórias?!

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  2. Tanto na literatura quanto no cinema, os títulos de obras estrangeiras, principalmente, frequentemente são prejudicados pela falta de tato de tradutores e adaptadores tacanhos. Mas realmente, às vezes a nossa própria obra nos grita desesperadamente seu nome e nós não ouvimos, percebendo o equívoco só quando já é tarde demais. E um título ruim é uma das poucas partes de um texto que não pode ser revisado em uma segunda edição.

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  3. Kiefer,
    Gostei do seu trabalho, ao qual cheguei por indicação de Luciana Farias, de Porto Alegre. Chegando, espantei-me com a feliz coincidência. Também tenho, há alguns anos, uma oficina literária e um trabalho acadêmico com criação, nos quais abordo o tema a partir de um ponto de vista descomplicado, assim como você. Tenho atualmente uma coluna na Germina, revista virtual de literatura editada em São Paulo e Minas. Se houve tempo, dê uma olhada no meu "ABC da Literatura na Blogosfera", um guia para iniciantes. Acho que você verá algumas semelhanças de abordagem. Um abraço.

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  4. Interessante, muito interessante essa colocação sobre títulos. Como aspirante a escritora fico presa a armadilha do melhor título, como leitora nunca me deixo enganar pelo título.
    Regina Porto

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  5. Acho que a última frase define tudo: um título ruim pode arruinar uma boa obra, e vice-versa. Essa também é uma questão que quebra a cabeça dos jornalistas, como é o meu caso. Quando estava trabalhando em uma redação (seja de rádio ou jornal) sempre quebrava a cabeça para fazer títulos e chamadas. Afinal, é aquela velha questão: se o leitor não se interessar pelo título, por quê ele irá ler a matéria? acho que há muitas semelhanças nesse sentido com a literatura. Aliás, a exemplo do Crônicas de uma morte anunciada (que ao contrário do que muitos pregam, que o título deve ser obrigatoriamente curto, é um título mais extenso e criativo), também gostei do título daquele livro do Bukowski: O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio. É algo bem bukowskiano mesmo, mas pelo menos pra mim, funcionou. E foi fiel a obra. Abraço!

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  6. Ótimo texto. Concordo com o maumau acima: "às vezes a nossa própria obra nos grita desesperadamente seu nome e nós não ouvimos". Recentemente, após finalizar meu primeiro livro, faltava-me o título que eu procurava há uns seis meses. Pedia ajuda e inspiração à todos. Meu pai quis saber do que se tratava meu livro e expliquei mais ou menos assim: "é a história de um falso acaso." Pronto, apareceu o título: Falso Acaso. Comercial ou não, isso eu não sei. Só sei que o romance de uma estudante de jornalismo de 22 anos é bem difícil ganhar espaço, independente de título ou não. Parabéns por esse espaço. Serei leitora assídua!

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