domingo, 5 de fevereiro de 2012

Entre Salvador e Porto Alegre

Durante o mês de janeiro, estive em Salvador, dando aulas para doutorandos em Teoria da Literatura da UNEB.

Revisamos as teorias da História da Literatura, estabelecemos métodos para a escritura do ensaio acadêmico, nos divertimos muito com as diferenças culturais entre a Bahia e o Rio Grande do Sul.

No barzinho da Universidade, bebi a cada dia um suco de frutas diferente: cajá, umbu, tamarindo, manga, seriguela, graviola, cacau, jambo e tantos outros.

Agora, esses mesmos alunos e alunas irão a Porto Alegre, para escreverem suas teses de doutorado. O choque cultural, social, intelectual e gastronômico será inevitável. A Bahia é quente em todos os sentidos; o Rio Grande do Sul tem síndrome de inverno. Não é só o clima que enregela no meio do ano, descobrirão os baianos.

Da minha parte, farei o possível para tornar os dias dos meus alunos e alunas no Sul menos áridos. Sem azeite de dendê, acarajé, vatapá e ginga eles precisarão de ternura e carinho. Não sou fã de CTGs, mas vou levá-los a ver a dança da chula e a dança do facão.

5 comentários:

  1. Anônimo5/2/12 08:08

    Sou Adriana de Borges, do grupo Dinter Teoria da Literatura. Posso dizer que as disciplinas cursadas com os professores da PUCRS, incluindo o professor, colega e amigo Charles Kiefer, foram para mim uma experiência mais que gratificante, foi um verdadeiro exercício de trocas subjetivas e audições intelectuais. As relações interculturais entre nós baianos e os gaúchos certamente engrandecem nossas vidas, vejo isso em meus colegas, em mim mesma e vi nos professores que estiveram conosco: Sissa Jacob, Tereza Amodeo, Antonio Hohlfeldt, Sergio Belei, Paulo KraliK, Ricardo Barberena, Vera Aguiar. Agradeço, então, a nossa amiga, coordenadora do Dinter na UNEB, Márcia Rios, por promover esse encontro entre Bahia e Rio Grande do Sul, ao inscrever-nos no edital CAPES, assim como também sou grata às pessoas que compõem o Curso de Letras da PUCRS.

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  2. Grande experiência!

    Também não sou muito fã de CTGs, mas quem sabe numa hora dessas lá na Palavraria a gente tome um chimarrão?

    abraços

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  3. Anônimo7/2/12 17:07

    Charles,
    As trocas iniciadas na Bahia foram muito proveitosas. Creio que no Rio Grande do Sul elas continuarão a ser fecundas. A acolhida dos amigos-professores que fizemos nos módulos de Teoria da Literatura acalenta o frio em suas muitas possibilidades de sentido.
    Abraços,
    Lílian Almeida

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  4. ô, professor, conta comigo pra recepcionar esse povo e não deixar ninguém sair com má impressão da minha cidade querida!

    Camila Doval

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  5. Olá Prof. Kiefer
    Estive em Lauro de Freitas, Bahia, nesse período também e, sim, senti na pele as diferenças culturais, a começar pelo que chamam "bidê", totalmente diferente do que nós gauchos conhecemos ( e que os outros chamam de "criado-mudo"), e o verbo "alcançar", que para nós parece ser suficiente para chegar a algo e possuir, mas para eles é apenas atingir.
    Só nos descobrmios na interação com o outro.
    Isabel Dias

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